quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Irmã...

Sempre escrevi sobre sexo, erotismo, e muito pouco sobre o amor... talvez porque Eros não permita que os mortais me vejam por dentro... mas é hora de despir o peitoral. Deixo de lado a poesia para escrever apenas a essência do que sinto agora... para minha irmã...

Sabe quando se ama? Quando se gosta?
Não é quando se está bem. Nem quando se está feliz! Quando se ama de fato é quando desesperadamente você quer por alguém no colo quando o mundo dessa pessoa desaba.
É nessa hora que você não vê o "seu amor". Você enxerga apenas uma criança na sua frente nua e desprotegida.
E você quer pegar a manta e cobri-la...E abraça-la com tanto carinho e coloca-la no colo até ela sorrir de novo.
E enquanto ela não sorri para você, você não consegue sorri pro mundo. E você quer ficar ali dias e dias com ela nos braços até que a dor passe, mesmo que seus ossos doam . Quando se ama e é testado por isso você esquece seus afazeres, seu orgulho e entra na guerra sem armadura nem armas. De peito aberto. É sim uma coisa irracional. É sim instinto que nenhuma lógica vai explicar. É querer, como fez o grande Atlas, segurar todo o mundo dela para que nunca desabasse.

Um comentário:

  1. É um lindo texto. Senti ao ler, uma grande sensação de proteção. Um sentimento de união entre dois irmãos, dois amigos, inseparáveis e que pelo visto, são tudo um para o outro. Lembrei de uma pessoa da minha família, com quem eu não tinha nenhum laço de sangue, mas que era como um irmão pra mim. Parabéns! Belíssimo esse amor único, que você transcreveu em palavras.

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